domingo, 18 de maio de 2008





3.6















BY BUS




















TIMES SQ.



























CENTRAL PARK

quarta-feira, 14 de maio de 2008



IN THE CITY THAT NEVER SLEEPS
 

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Tá fácil, não, viu?
Não é que no mesmo dia que perdemos Fatoca, no exato instante que eu liguei pra avisar minha mãe sobre o ocorrido, ela estava passando por uma cirurgia complicada para colocar pino e placa de platina no fêmur esquerdo por causa de uma queda? E você sabia disso? Pois é, eu também não. Aliás, só fiquei sabendo no dia seguinte, ao tentar ligar pro celular dela e a bruta que trabalhava lá em casa atender e dizer: "a Dra. não pode atender o celular porque está na UTI".
Pois então... imagina aí toda a culpa que eu já sinto normal e cotidianamente por não estar fisicamente perto da veinha potencializada por não estar presente quando ela caiu, não poder acompanhá-la ao hospital, não confortá-la antes da cirurgia, não estar lá quando ela saiu e NÃO TER INSISTIDO PRA FALAR COM ELA NA QUARTA A NOITE. Por comodidade, porque eu estava tão abalada com a ida de Fatoca, porque eu quis avisar outros amigos pra darem uma força pro marido, por preguiça, por não querer incomodar, por não querer realmente dar a notícia com medo da minha mãe ficar triste ou sofrer, eu deixei o telefone tocar até desligar e não insisti. Pensei cá com os meus botões: "lá vai ela de novo. não atende o telefone. tudo bem, amanhã eu ligo."
Resultado: cheguei ao trabalho na quinta-feira, triste ainda, e tomei o choque, susto, etc. Pânico, choro, aeroporto, primeiro vôo, unhas roídas, ansiedade, chegada e, finalmente, visita à mãe na UTI. A cirurgia tinha sido ok, mas devido à perda de sangue, houve anemia e hipotensão que inspiravam cuidados. Três dias de visitas esparsas e exíguas à UTI, que me consumiram e fizeram perceber quanta falta me faz um rito de fé. Minhas conversas com o Superior, minha esperança e minha racionalidade não são suficientes para o amparo necessário numa hora dessas. Os católicos rezavam, os evangélicos oravam e eu lá, mandando minhas energias positivas, minhas ondas de luz. Acredito que elas sejam eficazes, mas eu não tinha uma ritual no qual me apoiar.
No sábado, minha mãe foi pro apartamento. Foi uma noite terrível, porque a coitada, depois dos dias da UTI estava fragilidada, estressada, cansada. Foi uma noite de vigília e um pouco de desespero. Nunca tinha ficado num hospital com um paciente que realmente precisasse de cuidados. Sempre foi companhia, nunca tinha sido vigilante. Foi uma noite que me trouxe a maturidade que por tanto tempo refutei. É isso. Agora sou adulta. Sou responsável. Agora cresci de vez. A bola tá comigo.
No domingo de aleluia e nos dias e noites seguintes, tudo ok. Recuperação mais tranquila e a certeza que a minha presença é necessária para o bem estar da minha mãe. A culpa, o dilema da distância, o trabalho, a vida. Hora de pensar muito e chegar à conclusão que tenho que ser forte, porque nada posso fazer a não ser continuar. Não posso mudar minha vida. A escolha já foi feita. Só posso ascender. E cuidar.
Nesse meio tempo, milhares de reais gastos com a passagem ida e volta para São Paulo na terça para poder ir à entrevista no consulado americano. Malditos. Depois de 5 horas e somente uma pergunta, eles me acharam apta a pisar no solo do Tio Sam. Vôo de volta na madrugada da quinta e, finalmente, a alta do hospital. Levei minha mãe para casa, dependi da boa vontade e ajuda de estranhos, demiti a funcionária bruta e saí pra tomar um espumante com amigos, com a impressão que o mundo ia cair na minha cabeça.
Na sexta, o mundo voltou a entrar nos eixos. Contratei dois anjos capacitados a tomar conta da minha mãe, acertei o revezamento das folgas, deixei a casa mais ou menos em ordem e voltei na segunda para o trabalho. Quase falida, com o coração apertado, cheia de trabalho acumulado, morta de preocupação, porém mais resignada. Não vou alterar meus planos. Tenho só que ajustar algumas coisinhas pendentes, que me levam de volta hoje à Fuxtia, e garantir que minha mãe esteja bem assistida, acarinhada e confortável. O resto é seguir em frente. Respirando.

quinta-feira, 20 de março de 2008



Credo in Deum Patrem omnipotentem,
Creatorem caeli et terrae.
Et in Iesum Christum, Filium eius unicum, Dominum nostrum,
qui conceptus est de Spiritu Sancto,
natus ex Maria Virgine,
passus sub Pontio Pilato,
crucifixus, mortuus, et sepultus,
descendit ad infernos,
tertia die resurrexit a mortuis,
ascendit ad caelos, sedet ad dexteram Dei Patris omnipotentis,
inde venturus est iudicare vivos et mortuos.
Credo in Spiritum Sanctum,
sanctam Ecclesiam catholicam,
sanctorum communionem,
remissionem peccatorum,
carnis resurrectionem,
vitam aeternam.
Amen.

Pode deixar, Fatoca querida, que a gente continua cuidando dele por aqui.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Tanta coisa...

Meus dias andam tão cheios e corridos, que mal tenho tempo de encontrar os que amo. Mas eu não tô reclamando não. Desde que travei as costas em janeiro, decidi que não posso me dar ao luxo de ser uma gordinha simpática, sexy e feliz. O excesso de fofura não estava mais me fazendo bem. Então, comecei uma dieta acompanhada por uma nutricionista muito fofa (indicada pelo meu acupunturista sensacional) e a me mexer. Resultado: meu tempo livre está sendo utilizado em uma rotina militar de exercícios, que incluem caminhada, yoga, RPG e pilates. As roupas demonstram os quilinhos perdidos, mas o mais importante é que, pela primeira vez, eu estou realmente curtindo me cuidar.
***
O amor continua longe, mas graças às facilidades da vida moderna, que incluem conversas por vídeo e chamadas DDI por meio do computador, a saudade está sob controle. É bem verdade que minha passagem para NY já estar comprada (e quase totalmente paga! EBA!) e as minhas férias de 1 mês inteirinho marcadas ajudam bastante também. ; )
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A preocupação com o marido é constante. Sinto muito, muito por ele. Nem sei o que faria na mesma situação, que ele enfrenta com um estoicismo invejável.
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O trabalho é uma outra história. Falta de concentração total. Às vezes passo a semana tão atarantada que somente aos 45 do segundo tempo (isso significa 4 hs da tarde de sexta) é que baixa o espírito trabalhador que fecha tudo que estava pendente. Devem ser o Tico&Teco que estão esgotados e precisando de descanso. Os coitados só pensam nas férias que estão por vir.
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Eu me sinto muito, muito estúpida por passar tanto tempo sem praticar yoga. Se faz tanto bem pra mim, se eu me sinto bem, se eu tenho tanto prazer, por que raios eu fico tanto tempo longe?

segunda-feira, 10 de março de 2008

Fortaleza

"Tenho uma vontade besta de voltar, às vezes. Mas é uma vontade semelhante à de não ter crescido." (Caio F.)

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

FUTILIDADES

Tudo começou com ela falando que anda meio cansada do padrão de consumo de SP e propondo a criação do movimento MENOS É MAIS. Ao comentar, a Zel concordou e disse que realmente esta cidade é um horror de consumismo e aparência. Até aí, eu concordo com ambas. Entretanto, sinceramente acho que todos os lugares são assim e, obviamente, quanto maior for a cidade, mais o mercado de luxo, referência mor do consumismo, estará presente. O que a Rê chama de contexto do qual não quer participar, eu apenas me resigno e chamo de sociedade.

O fato é que eu não vejo grandes problemas em consumir grifes, marcas, restaurantes. Para mim, é como consumir cultura, entretenimento, arte. Acho que estamos, ao viver inseridos numa sociedade, sujeitos a consumir 24 hs por dia. O que eu acho difícil de conviver são as pessoas que fazem disso o ponto alto de suas vidas, que precisam da chancela do carro importado, da calça de grife e do restaurante da moda para se posicionar frente aos outros, para achar o seu modo de expressão.

Vejam bem: sou uma boa e velha taurina materialista & teimosa, não abro mão de alguns luxos para ser feliz. A mim nunca foi suficiente a tal cabana que acompanhava o amor. E também sou egoísta e individualista o suficiente para eleger o que quero consumir independente de quem me acompanha. O que realmente me emputece são as injustiças dessa tal sociedade e os caminhos tortuosos que ela segue. A minha indignação com o ser humano às vezes é maior do que posso suportar e, por isso, por puro instinto de preservação, muitas vezes escolho não ver, passar adiante e continuar a olhar na direção de horizontes melhores.

Enquanto isso, a sinceridade, a busca pela racionalidade, pelo respeito ao outro e pelo jeito certo de agir, junto com as bolhinhas de espumante e, sobretudo, a companhia dos amigos me fazem perceber que, sim, há esperança.