sexta-feira, 9 de julho de 2004

Noturnos
(Para ler ouvindo a voz de um sax)
Eu queria um amor daqueles bem doces, daqueles suaves.
Eu queria acordar sentindo o calor de um corpo amado, um corpo com o meu cheiro e o dele misturados.
Eu gostaria de acordar amando. Sentindo e querendo um outro.
Eu seria mais feliz.
Seria mais completa, menos egoísta.
Agora a pergunta é: onde?
Cadê?
Eu quero alguém que se chegue a mim sem promessas.
Que vá sentando na mesa, puxando papo, me encantando.
Seduzindo-me.
Que me faça ouvi-lo, que me faça admirá-lo.
Porque o amor é assim.
Ele mistura paixão e doçura. Quereres e descobertas. Encantamento e êxtase.
E ao mesmo tempo ele é nada disso. O imprevisto. O espontâneo. O absurdo.
Mesmo assim, metódica e pretensamente racional, desejo-o.
Como sempre.
...
Ei!!! Tu aí...
Tu me quer?
Aproveita que tô molinha...

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