(Otto Lara Rezende; Gato, gato, gato.)
Post off line, às 2 da madruga.
Não quero ser emparedada. Odeio muros. Às vezes me emparedo. Defendo-me. Não gosto. Sou livre, procuro ser ampla, liberta, grande. Preciso de espaços. Com espaço posso ser. Não me confine, viro bicho. Bicho amargo, voraz, tenso. Às vezes carnívoro, sempre inquieto. Muitas vezes preguiçoso, indolente, afetuoso, caseiro. Mais vezes ainda gregário, bicho solto. Amo o belo, o simples, o temível. Mas muitas vezes sou feia, triste, tenebrosa. Ágil como um gato. Fiel como um cahorro. Peçonhenta como uma víbora. Sou assim, sou mais. Sou bichos de mim mesma: algozes e vítimas
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