quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

FUTILIDADES

Tudo começou com ela falando que anda meio cansada do padrão de consumo de SP e propondo a criação do movimento MENOS É MAIS. Ao comentar, a Zel concordou e disse que realmente esta cidade é um horror de consumismo e aparência. Até aí, eu concordo com ambas. Entretanto, sinceramente acho que todos os lugares são assim e, obviamente, quanto maior for a cidade, mais o mercado de luxo, referência mor do consumismo, estará presente. O que a Rê chama de contexto do qual não quer participar, eu apenas me resigno e chamo de sociedade.

O fato é que eu não vejo grandes problemas em consumir grifes, marcas, restaurantes. Para mim, é como consumir cultura, entretenimento, arte. Acho que estamos, ao viver inseridos numa sociedade, sujeitos a consumir 24 hs por dia. O que eu acho difícil de conviver são as pessoas que fazem disso o ponto alto de suas vidas, que precisam da chancela do carro importado, da calça de grife e do restaurante da moda para se posicionar frente aos outros, para achar o seu modo de expressão.

Vejam bem: sou uma boa e velha taurina materialista & teimosa, não abro mão de alguns luxos para ser feliz. A mim nunca foi suficiente a tal cabana que acompanhava o amor. E também sou egoísta e individualista o suficiente para eleger o que quero consumir independente de quem me acompanha. O que realmente me emputece são as injustiças dessa tal sociedade e os caminhos tortuosos que ela segue. A minha indignação com o ser humano às vezes é maior do que posso suportar e, por isso, por puro instinto de preservação, muitas vezes escolho não ver, passar adiante e continuar a olhar na direção de horizontes melhores.

Enquanto isso, a sinceridade, a busca pela racionalidade, pelo respeito ao outro e pelo jeito certo de agir, junto com as bolhinhas de espumante e, sobretudo, a companhia dos amigos me fazem perceber que, sim, há esperança.

2 comentários:

Anónimo disse...

Oii tdo bem?
adorei esse texto viu?!
e o blog tbém!
mtoo lindo!
Parabéns!
bjooo

Princess Balla disse...

Gaby,
Muito obrigada.
Seja sempre bem-vinda.