terça-feira, 6 de maio de 2003

Reflexões
Estava hoje voltando da yoga com Pablo e conversamos sobre algumas coisas que considero importantes. Falamos de capacidade de doação e de estagnação de amor. Explico: entendo por amor um sentimento recíproco, que não exige nada em troca, mas que se nutre da volta, que cresce e se expande com a dedicação, com o respeito, com o cuidado, com a consideração. Então, partindo desse pressuposto, não acredito que alguém jure amor a outro ser e não compartilhe, não conviva, não troque, não se entregue. Se isso não acontece, o amor se esvai, acaba, murcha. E lógico, que isso passa pela capacidade que cada um tem de se doar, de se dedicar ao outro. E talvez aí esteja o X do meu problema. Eu tenho uma capacidade de me entregar muito grande. Quando eu gosto de alguém, eu gosto pra valer, não tenho meio termo. Implica em aceitação de erros, em busca de qualidades e em afeto puro e simples. Eu me dôo mesmo, acho que isso é legal. O que não é legal é quando quem recebe esse amor se acha no direito de me desrespeitar, porque acaba tomando aquele meu amor como certo, como um direito adquirido. E é aí que ocorre o desequilíbrio da relação, pois, como já disse, embora não exija ou queira exigir nada em troca, o meu amor se deteriora, finda e entristece se não for cuidado.
O que isso tudo aqui quer dizer?
Não sei.
Foi só mais uma coisinha que descobri sobre mim.

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