sexta-feira, 25 de junho de 2004

Enquanto eu não consigo falar com o infeliz - para dar os devidos esporros e, paralelamente, ter minhas orelhas puxadas - ele deu um jeito de me fazer chorar e ver se consegue que eu amanse um pouquinho, resgatando um texto que escreveu há mais de um ano.

"amo muita gente, tenho muitos amigos, mas tu é a minha única e
insubstituível balla. é contigo que tem mais graça.
quem é que eu posso acordar de madrugada para me quebrar um galho? com quem a cerveja nunca precisa de motivo? a parceira dos programas de índio, quem é? é você, ballona. é você.
você me conhece pelo oi, pelo olho, pela roupa que eu visto ou por qualquer coisa. é contigo que eu não preciso jamais medir as palavras, mesmo que a gente brigue, mesmo que o mundo se acabe, porque depois a gente se acerta, sentando, chorando, conversando, rindo, brigando de novo... a gente sempre se acerta.
já dormimos juntos, aprontamos as piores baixarias, fugimos de festa para nadar pelados, defendemos nossas monografias no mesmo dia (lembra?),passamos pelas mesmas agruras no quase mestrado, mentimos, sumimos, chegamos atrasados (mas a culpa era tua, diabo!), nos auto-enganamos para suportar nossas fraquezas, seguramos as pontas um do outro quando a coisa tava preta... sempre rindo, sempre juntos.
sempre, mesmo que não fosse todo dia.
quer liberdade maior do que isso?
agora me diz, gata: como é que eu vivo longe de ti?
preciso das tuas broncas, das tuas marmotas, do teu jeito de falar "carrrrrralho!", de te ver com anéis gigantes e chiques, de sentir teu cheiro tão bom, do teu abraço apertado, do teu cuidado materno, da putaria consciente que só a gente sabe, de toda essa paridade, balla, que deus nos deu de presente.
preciso de ti, minha amiga. muito.
estou morrendo de saudade.
e te digo, mais uma vez, que te amo. pra caralho.
"

Agora me diz... Eu posso com um sujeito desse?
Só ele é capaz de me virar do avesso, revirar tudo por dentro e depois me colocar de pé. Só ele enxerga onde nem eu me permito chegar.
Arre, que saudade, que vontade de esmagar apertado no peito...

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