domingo, 13 de junho de 2004

Síndrome
Cadê o povo que comentava meus posts?
Será que eu tô tão chata assim?

Sensação
Hummm... Tô, né? Só falo de estudo, estudo, livros, essas coisas. Mas é que meu tempo anda meio tomado com isso mesmo e pra quem vê de fora, a minha vida pode andar meio monótona. E vai ver que tá... Passo dias inteiros sem colocar o pé na rua, só lendo, estudando (menos do que deveria), comendo (beeeem mais do que deveria) e navegando pela net pra saber notícias, do mundo e dos amigos.
Quando saio, encho a cara, rio, jogo conversa fora, quase nenhum conflito existencial/filosófico. Amores? Faz tempo que não sei o que é isso. Ultimamente só ando me apaixonando pelas minhas minhas plantas (que, por sinal, não consegui matar nenhuma. EBA!) e pelas palavras dos outros que têm me mostrado coisas novas.

Sedimento
Talvez minha vida já tenha sido mais divertida, mas eu gosto também dessa paz, dessa calmaria. E tenho mais é que gostar mesmo, senão piro, porque a cidade também é assim. Se você me perguntar se eu prefiro morar em Sampa, se eu combino mais com aquela cidade, com seus paredões de concreto e sua agitação ininterrupta, eu vou dizer: lógico que sim! Mas Brasília também tem seu charme. Tirando que aqui tudo consegue ser mais caro que em SP, é muito tranquilo viver em uma cidade com tanto espaço, tanto céu.

Seca
Dizem que a seca já chegou. Deve ser... O meu nariz de uns dias pra cá tem amanhecido estranho, doendo. Dizem que ele vai até sangrar de tanto que o cerrado exige das nossas mucosas. Vamos ver... Ainda não sei se acredito muito nisso. Meio São Tomé, como sempre. Mas voltando à minha vida... pois é, é isso. Nada de muito excepcional, nada de altos e baixos. Nada que me queime o peito, mas nada que me faça chorar. Nada que me faça dar cambalhotas no ar, mas também nada que me tire o tino, o prumo, o juízo. Acho que pela primeira vez sou assim: calma, tranquila, serena.

Sons
Não, ainda não virei a Madre Tereza, óbvio que não. Ainda tenho meus arroubos, minhas ranzizices, minhas travessuras. Continuo indisciplinada e um tanto quando irreponsável. Mas tudo isso passa e a placidez perdura. É novo não precisar falar. É estranho não ouvir a voz de ninguém por dias a fio a não ser pelo telefone. É diferente ficar só, só de verdade, comigo.
De vez em quando falo e me assuto com o som da minha voz... Meio esquizóide, talvez. Ouço bastante música, embora nos últimos dias nem isso. Tenho um vizinho chato e meio porco, que todo dia me irrita porque fica (eca!) assoando o nariz como se fosse arrancá-lo. Tenho nojo, bato a porta do banheiro, praguejo. Desenvolvi teorias a respeito. Acredito-o um viciado em pó contumaz.

Solitude
Às vezes penso que esse isolamento vai me deixar a cada dia mais ranheta, com menos paciência com os outros, mais crítica e pronta para me tornar uma ermitã urbana. Cada vez me sinto mais auto-suficiente, mas completa em mim. Acho que o que me faz falta mesmo, de verdade, é o sexo, o cheiro de animal do outro, suado, pesando sobre o meu corpo.

Sem mais
Pablo chega amanhã e tudo isso... PUF! Foi-se.

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