EXÍLIO
Tudo bem! O rio de janeiro vai ser espetacular, com amor, amigos, corcovado, arpoador, santa tereza, fogos e etc e tals. Mas acho que o que eu queria meeeesmo era ir pra fuxtia, dar um abraço bem apertado na minha mãe, pular em cima dela, enchê-la de beijos e depois ir comer caranguejo e tomar cerveja na beira da praia. Nessa época do ano, quando a migração se dá ao contrário, é difícil ficar longe. Só de pensar que vai estar todo mundo junto, o meu coração fica bem pequenininho.
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Para mim, a saudade ocorre de uma forma muito estranha. Sempre que eu me lembro de alguém que está longe, sinto uma coisa boa dentro do peito, vem alguma memória gostosa e tudo parece que fica quentinho, aquecido com a lembrança. Mas, se por acaso, eu estiver perto de matar a saudade, parece que dói, que algo se inflama, que eu vou enlouquecer, que não vai dar tempo de esperar.
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Bom, até hoje tinha sido assim. Na verdade, acho que o condicionamento imposto a todos os retirantes, como eu, que nesse período se sentem obrigados a realizar o êxodo inverso em busca do sol natal, é mais forte que qualquer disciplina auto-imposta.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2005
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